
As informações do memorando vazaram antes que ele fosse apresentado à diretoria da empresa para a sua aprovação. Elas apontavam que a idade média dos colaboradores do Wal-Mart era superior a nacional, ou seja que eles tinham um público interno envelhecido, e que os trabalhadores ficavam mais doentes do que a população dos Estado Unidos. Para controlar isso, Susan Chambers sugere no documento que os benefícios oferecidos fossem voltados mais para o público “jovem e saudável”. Segundo ela também, os funcionários não utilizavam o plano de saúde corretamente, e por isso precisava ser adaptado, um dos temas mais discutidos no memorando.
Uma série de ações foram tomadas para desmentir as notícias na mídia, o público interno não sofreu com reajustes e aumentaram os investimentos em campanhas publicitárias, principalmente contando histórias de colaboradores com cargos elevados que ingressaram no Wal-Mart em funções básicas. Mesmo assim, a imagem do grupo é reconhecida por políticas que visam a elevação da produtividade e do lucro, por meio da pressão nas negociações com fornecedores e no corte de custos com funcionários.
Podemos perceber nesse case a falta de valorização do público interno, não apenas na parte prática representada por salários e benefícios, mas também no pensamento que envolve a gestão do Wal-Mart, por exemplo, na falta de percepção da vice-presidente executiva quanto à colaboração que vem das experiências de funcionários mais antigos. Ações de comunicação interna voltadas a gestores podem auxiliar essa relação com colaboradores, é preciso demonstrar aos diretores que o público interno tem o poder de contribuir com o sucesso ou o fracasso da empresa, uma vez que eles têm o contato direto com os consumidores, ainda mais em uma rede de supermercados.
Se essa relação for cuidadosamente trabalhada, e esse potencial for despertado nos colaboradores, os resultados naturalmente aparecerão. A postura adotada pelo Wal-Mart permitiu que surgissem crises com o seu público interno ao sentir-se “rejeitado”. Além disso, caso a empresa enfrentasse uma situação problema jamais contaria com a compreensão e disponibilidade dos colaboradores em ajudar, uma vez que não parte do próprio Wal-Mart a iniciativa em fazer o mesmo por eles.
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