23/06/2010

Comunicar é a estratégia!

Reforçando o post "Transparência, o rumo certo", conseguimos entrevistar a profissional Juliana Mausbach, que atua na área de comunicação de uma companhia de transporte aéreo. Durante o bate-papo a profissional nos disse já ter participado gerenciando muitas situações de crise nas empresas, e em sua fala consideramos relevante para o blog:

“Em momentos de crise cria-se um comitê de crise do qual participam todos os tipos de profissionais que possam estar envolvidos (especialistas, engenheiros, técnicos, comunicação, etc.) para tomarem decisões. Em relação à comunicação, todos os funcionários devem saber que durante o período de investigação cabe ao órgão responsável da empresa informar sobre o ocorrido. E que as informações serão transmitidas assim que forem cuidadosamente confirmadas, isso até que seja pronunciado oficialmente o relatório final”


Juliana também nos apresentou o quão delicado foi lidar com situações de crise, pois todos (imprensa, funcionários e clientes) desejam ter informações e quando não são dadas, elas “surgem”. Nesse sentido os funcionários devem estar informados para que caso sejam abordados por jornalistas, eles não transmitam informações equivocadas que virão prejudicar a imagem da empresa e agravar a situação.

Outros autores como Paulo A. Argenti tratam com relevância os pontos levantados anteriomente. Em seu livro “Comunicação Empresarial” Paulo fala sobre a importância de se montar um centro de gerenciamento de crise, de onde partirão todas as informações. Tal ação é essencial para a estratégia das empresas, uma vez que permite um discurso alinhado com o negócio da organização e ao mesmo tempo esclarecedor sobre a crise. Além disso o livro trata sobre a importância de comunicar-se com rapidez e frequência; afinal, quem nunca ouviu a expressão “quando não falamos oficialmente as pessoas falam oficiosamente” ? É justamente o adiantamento das respostas, o pronunciamento oficial que evita as informações truncadas. Vale utilizar esse momento de esclarecimentos para reforçar os valores da empresa.

Para atingir essa conduta, o profissional deve ter bom senso quanto as informações transmitidas. Pois uma mensagem de primeira mão com conteúdo equivocado pode gerar repercussão negativa. Ainda seguindo o raciocinio de Mário Rosa, dizer a verdade não significa informar todo o ocorrido, mas sim, administrar as informações de forma estratégica e no momento certo.
Fica a dica: tenha bom senso ao informar.

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